A Juíza Federal, Pastora Tânia Tereza Carvalho, do Seminário Intensivo de Libertação e Cura - SILC, afirma que: “... existe um ‘ministério’, por assim dizer, uma ‘profissionalização’ do mundo espiritual. Jesus veio para nos dar vida abundante e satanás para matar, roubar e destruir. Matar o quê? Qualquer coisa! Pode matar nossos projetos, nossos sonhos, nossa esperança, pessoas entram em depressão profunda, porque não vêem saída, não têm perspectiva, chegam ao extremo do suicídio. Pode roubar a saúde, pessoas jovens com enfermidades gravíssimas, pode roubar vidas, pais sepultando seus filhos. Somos obrigados a ser prisioneiros, cativos pelo resto de nossas vidas? Não! Existe uma saída. Você pode abrir a porta para luz.”
Certo sábado, Jesus estava ensinando numa sinagoga e chegou ali uma mulher que fazia dezoito anos que estava doente por causa de um espírito maligno. Ela andava encurvada e não conseguia se endireitar. Quando Jesus a viu, sentiu compaixão pela dor daquela mulher, parou tudo, e chamou-a para frente, à ala dos homens, quebrando o protocolo da tradição, e diante de todos pôs as mãos sobre ela libertando-a do seu tormento e ela logo se endireitou e começou a louvar a Deus. (Lucas 13:10-13 NTLH)
Mas o chefe da sinagoga ficou zangado porque Jesus havia feito uma cura no sábado. Por isso disse ao povo: — Há seis dias para trabalhar. Pois venham nesses dias para serem curados, mas, no sábado, não! Então o Senhor respondeu: — Hipócritas! No sábado, qualquer um de vocês vai à estrebaria e desamarra o seu boi ou o seu jumento a fim de levá-lo para beber água. E agora está aqui uma descendente de Abraão que Satanás prendeu durante dezoito anos. Por que é que no sábado ela não devia ficar livre dessa doença? (Lucas 13:14-17 NTLH)
Talvez houvesse ressentimentos na vida daquela mulher, falta de perdão, raízes profundas de amargura, ou, talvez, pecados ocultos de seu marido, ou pecados hereditários de sua ancestralidade, o fato é que existiu brecha para o inimigo entrar e lançar a enfermidade e a humilhação. Durante dezoito anos aquela mulher encurvada esteve presente semanalmente no templo, ouvindo as pregações, louvando, ofertando, mas sem solução para o seu problema. Hoje há muita gente vivendo como aquela mulher, oprimidos por cargas pesadas, contabilizando inúmeros fracassos durante anos de uma vida infrutífera.
A questão de espíritos aprisionados é muito grave e foi abordada também no intertexto bíblico de Isaías capítulo 61 e Lucas capítulo 4, quando narra que Jesus foi para a cidade de Nazaré, onde havia crescido. No sábado, conforme o seu costume, foi até a sinagoga. Ali ele se levantou para ler as Escrituras Sagradas, e lhe deram o livro do profeta Isaías. Ele abriu o livro e encontrou o lugar onde está escrito assim (Lucas 4:18 NTLH):
“O Senhor me deu o Seu Espírito. Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres e me enviou para anunciar a liberdade aos presos, dar vista aos cegos, libertar os cativos e anunciar que chegou o tempo em que o Senhor salvará o seu povo.”
O profeta Isaías quando proferiu essas palavras (Isaías 61:1) não falava de si mesmo e sim do Messias, por esta razão quando Jesus vem à sinagoga e abre o livro exatamente nesse texto, a profecia se cumpriu. Ele ele acabou de ler e fez essa afirmação: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos”. (Lucas 4:21)
Mesmo quando escravos no Egito, os israelitas continuaram na sua rotina religiosa, professando a sua fé, porém, debaixo de opressão do faraó, símbolo de satanás que oprime e escraviza. Mas Deus ouviu o clamor do povo e arquitetou um plano para libertá-los.
Jesus leu aquele texto dentro da sinagoga, falando aos judeus religiosos, deixando claro que muitos ali continuavam prisioneiros de “faraó”.
O mesmo acontece na atualidade quando milhares de pessoas seguem uma religião, obedecem seus mandamentos, mesmo assim estão escravizadas, aprisionadas pelas hostes das trevas.
Nós somos seres espirituais vivendo transitoriamente na matéria, recebemos influência positiva ou negativa do mundo espiritual, podemos viver na luz ou na escuridão.
Hodiernamente, vê-se dentro das igrejas um crescente número de pessoas aprisionadas por causa de sofismas, crenças limitantes, vícios, dependência tecnológica, relacionamentos destrutivos, etc.
Nos dias atuais a avançada tecnologia pode ser bênção ou maldição, dependendo do uso que fazemos dela. Mesmo durante a cerimônia religiosa, alguns ficam de olho no seu telemóvel (celular), conectados nas redes sociais, enviando mensagens, distraindo os circundantes, impedindo o outro de ter comunhão com Deus. São os aprisionados da tecnologia, viciados em internet, usando dos meios de comunicação para fins menos nobres, quiçá indignos.
Outros estão há anos presos dentro da jaula dos relacionamentos destrutivos que lhes tiram a paz, a estabilidade emocional, a fé e a vontade de viver; há aqueles que estão prisioneiros do medo da vida, medo do desconhecido, da desesperança no futuro, com reflexos na saúde, gerando depressão, fobias, síndrome do pânico, gastrites, úlceras estomacais; outros, ainda, estão confinados dentro do cativeiro de relações familiares escravizantes, que impedem a pessoa de crescer espiritualmente, de progredir nas demais áreas da vida, inibindo-a de expressar as suas potencialidades de filha de Deus, de desenvolver seus dons e talentos, podendo até mesmo perder a salvação por isso.
Há os espíritos aprisionados pelo sistema clerical, agarrados à rituais e liturgias, muitos até se emocionam em algum momento durante o serviço religioso, outros têm manifestações extravagantes, pulam, choram, giram, rodopiam, mas suas vidas não mudam, não geram bons frutos, são crentes carnais, sem substância, sem o Espírito Santo.
Por isso Jesus se dirigiu aqueles judeus religiosos dizendo “O Espírito do Senhor está sobre mim porque me ungiu para apregoar liberdade aos cativos”. Jesus está falando dos cativos de satanás que consegue neutralizar essas pessoas, e uma vida neutralizada, aprisionada pelo demônio, pode estar dentro da igreja.
Há pessoas que frequentam a igreja como quem frequenta um clube, elas vêm para se enturmar, conhecer pessoas, formar uma rede social, mas ao final do culto se perguntar a elas qual foi o tema da pregação, não saberão responder.
São pessoas que estão aprisionadas, já se tornaram cativas e não se apercebem disso. Por melhores que sejam as pregações, por mais profundos e espiritualizados que sejam os sermões, nenhuma diferença faz na vida delas, não há mudança de comportamento, de atitudes, são espíritos aprisionados que precisam ser libertos.
Muitas pessoas estão aprisionados por doenças, vícios, perversões sexuais, dívidas, maus hábitos, por fortalezas malignas na mente, estagnação, comodismo, marasmo, apatia, etc.
Satanás gosta de atacar à dignidade da pessoa humana, a boa fama, apraz-lhe trazer humilhação, o opróbrio às pessoas, por isso, ele espreita aqueles que estão dentro das igrejas, daí ter tantos crentes debaixo da influência satânica.
Como na história das irmãs Marta e Maria, ouço as pessoas falarem que estão ocupadas demais com seu trabalho secular, seus afazeres domésticos, por isso, têm pouco tempo para Deus. A Sua Palavra nos diz em João 8:36, “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Jesus Cristo veio para libertar os cativos, Ele disse isso para aqueles judeus religiosos, e hoje diz para nós.
Se você não tem tempo para investir no Reino de Deus, se você não tem tempo para orar, para ler, para estudar, para buscar a sabedoria de Deus, se você não tem tempo para levar uma pessoa aos pés de Jesus, saiba que você é um espírito aprisionado, e Deus não pode usar a tua vida, ELE só pode usar pessoas livres e disponíveis.
Hoje Jesus quer libertar não só o perdido, mas também você que é um crente ao qual satanás aprisionou. Em hipótese alguma estou afirmando que você está possuído pelo diabo, mas digo que ele pode te oprimir de tal maneira que você, mesmo sendo crente, poderá viver como um fantoche, uma marionete, sem iniciativa própria, sem discernimento, sem objetivo na vida, e, como diz o ditado popular, quando se não se sabe onde se quer chegar, qualquer caminho serve.
Precisamos ser libertados das amarras do maligno, daquelas coisas que nos aprisionaram, não raro, com as algemas da religiosidade. Temos que estar libertos para fazer a Obra que Deus nos confiou, precisamos ser livres para prestar uma verdadeira adoração à Ele, porque os verdadeiros adoradores não adorarão com os lábios, mas em espírito e em verdade.
Jesus ia passando e vendo-o, João Batista disse para os seus discípulos: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Deus nos amou primeiro e de tal maneira, que nos enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. (1 João 4:10). Ele tira os nossos pecados para nos libertar de todo e qualquer escravidão.
Concluo dizendo que se você vive alguma situação exasperante como as aqui mencionadas, ou alguma outra que lhe aflige ou leve-o ao desespero, saiba que Jesus pode libertá-lo. Ele está batendo à sua porta, se ouvirdes a Sua voz e abrires a porta, Ele entrará em sua casa. (Apocalipse 3:20)
Querendo minha ajuda em oração e/ou aconselhamento, pode entrar em contato comigo.
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” (Gálatas 5:1)