Fica Tudo Bem




Já pedi tantas coisas pra Deus que não recebi Já clamei por milagres que eu nunca vi Já vi muitas portas se fecharem na minha frente E ouvi Deus falando espere quando eu queria ir em frente Já me abracei com promessas que eram invisíveis E então descobri que a fé é crer no que não existe E agora independente daquilo que Deus vai fazer Eu escolho confiar mesmo sem entender Eu não sei se Ele vai fazer o que pedir Se vai me responder ou somente me ouvir Muita coisa que Deus faz eu não consigo entender Só sei que é melhor quando deixo Ele fazer O que Ele faz agora eu não posso entender E não me desespero porque aprendi a crer Que o futuro sempre explica o que no passado fez O que faço é confiar no que Deus faz E fica tudo bem Fica tudo bem Já vi promessas de noventa e cinco se cumprindo só em dois mil e dez E vi que pode tardar mas não falha, as palavras de Deus são fieis Já vi Deus fazendo milagres que eu não esperava E me entregando uma bênção maior do que a que eu desejava Na juventude vi Deus realizando meus sonhos de infância E eu descobri que ele se importa até com sonhos de uma criança Eu não sei se Ele vai fazer o que pedir Se vai me responder ou somente me ouvir Muita coisa que Deus faz eu não consigo entender Só sei que é melhor quando deixo Ele fazer O que Ele faz agora eu não posso entender E não me desespero porque aprendi a crer Que o futuro sempre explica o que no passado fez O que faço é confiar no que Deus faz E fica tudo bem O que Ele faz agora eu não posso entender E não me desespero eu aprendi a crer Que o futuro sempre explica o que no passado fez O que faço é confiar no que Deus faz E fica tudo bem!

Letra e Música de Leandro Borges.
Compilação e edição de Márcia Rogowski.


Esperar no Senhor

E
Tudo tem seu tempo, espere no Senhor.

 

Um dos grandes segredos para ter paz e alcançar a vitória é saber esperar no Senhor: 
"Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão". Isaías 40:31 
Para todas as coisas há um tempo certo. Deus sabe quando e como as coisas devem acontecer. Confiar em Deus é acreditar no Seu amor, é saber que a Sua vontade é a melhor.
Confie e espere no Senhor!
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VERSÍCULOS SOBRE CONFIAR ME DEUS
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EU VEJO DEUS!

EU VEJO DEUS

Por João-francisco Rogowski 
Jurista - Teólogo e Escritor


Deus se revela nas suas criaturas, na natureza. 

Ele é o Pai eterno onipresente na sua obra criacional. 

A criação revela Deus e seu amor, os céus proclamam a Sua Glória e o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. (Salmos 19:1). 

Deus fala conosco e nos ensina revelando os segredos da ciência, através da sua criação. Foi observando os pássaros que o homem aprendeu os princípios da aerodinâmica e do vôo, e, plagiando Deus, inventou o avião. 

Eu vejo Deus na loba alimentando o filhote, no vôo solitário da borboleta, no nascer do sol, nos acordes de violino ou no estrondo do trovão.

Vejo Deus num gesto de amor, na criança aconchegada nos braços da mãe, eu vejo Deus dentro de mim, no meu coração que pulsa independentemente da minha vontade.

Eu vejo Deus na imensidão do mar, na mão estendida para ajudar ou para ofertar uma flor.

Eu vejo Deus na chuva, no orvalho da manhã, eu vejo Deus em cada letra de uma poesia, eu vejo Deus nos olhos dos meus filhos, eu O vejo quando contemplo a majestade dos céus à noite, a lua e as estrelas, obra dos Seus Dedos. (Salmos 8:3)

Deus tudo criou por amor e para Sua Glória, as criaturas são reflexos do Criador.

O que de Deus nos é dado a conhecer, as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como a Sua Divindade, se entendem, e claramente se vêem, em tudo que foi criado por ELE. (Romanos 1:19-20).

Cuidemos do planeta e de tudo que nele há, doação amorosa de Deus para nós. Ele merece toda a nossa gratidão e o nosso amor. 

O esplendor do universo nos oferece uma linda e lírica visão de Deus, para que O contemplemos, e, com toda a força do nosso ser, amemo-Lo!

Publicado em 2011.


João-francisco Rogowski ― Jurista, Escritor, Hermeneuta Bíblico, pesquisador sobre temas Teológicos, Professor em cursos de formação de Ministros religiosos, Conferencista, Apóstolo do Ministério Apostólico Voz Profética.

Desperte seu potencial.

Outros Livros do autor.

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Lute por seus sonhos


Pastora Ines Jagmin
I Samuel 2:1-18



Ana tinha um SONHO, o sonho de ter um filho.

E Deus não só realizou o sonho dela, como o sonho dEle para a vida dela!

Sabe... quando Deus faz, ninguém pode impedi-Lo.

Quando Deus quer pegar alguém, lá da sarjeta, lá do monturo, e o levantar e colocar na cadeira do príncipe, não tem ninguém que possa impedi-Lo.

Deus é soberano, para Deus não há impossíveis, para Deus não tem causa perdida, para Deus não tem sonho morto, para Deus todas as coisas são possíveis.

Em meus vôos estou tendo que lidar com alguns ‘assassinos de sonhos’ e lendo a Palavra vi que Ana também os enfrentou.

Primeiro Ana teve que enfrentar Penina, a outra esposa de seu marido.

Penina não era uma mulher espiritual, na verdade azucrinava a vida de Ana, tentava desanimá-la, falando para ela desistir de orar, de chorar, de ir à igreja. Ela dizia “ eu não oro, não vou à igreja, estou com 6 filhos, e você está aí, gastando sua vida com Deus, pare com isso! Largue disso! “

Tem gente como Penina do seu lado?

Tentando desanimá-lo, falando para você se conformar com a sua derrota, com a sua infelicidade, com seu fracasso, com o seu sonho não realizado?

Fuja de pessoas assim.

Não seja contaminada.

Não deixe que as ‘peninas’ da vida matem seus sonhos!

Mas Ana teve que enfrentar outro assassino de sonhos: o sacerdote Eli.

Ana todo ano ia orar e buscar a Deus, e Eli nunca falara nada a ela, nem se importava com o problema dela, mas quando abriu a boca pela primeira vez, para falar com Ana foi injusto, pisou em Ana, fazendo um juízo equivocado acerca dela, chamando-a de bêbada, de descontrolada emocionalmente.

Ana não devolveu o troco, Ana não reagiu na mesma altura, não deixou que uma palavra equivocada, errada, atravessada, entrasse em seu coração levando veneno de amargura.

Sabe... às vezes você sofre injustiça, as vezes você é pisado, as vezes você é mal interpretado, as vezes até mesmo dentro da Igreja você não é compreendido, vai à igreja e volta da igreja chorando, triste e não tem ninguém para olhar para você, não tem ninguém para perguntar qual é o teu nome, não tem ninguém que se interesse pela sua vida, pelo seu problema.

Mas nós temos de enfrentar essas decepções também, porque muitas vezes os nossos assassinos de sonhos estão ao nosso lado, na igreja...

Mas não deixe isso te afastar do doce Espírito Santo nem de sonhar.

Deus tem planos pra cumprir em sua vida, e se Ele te deu um ministério, um sonho, um projeto, não deixe que ninguém te afaste do teu alvo!

E Ana também teve que enfrentar o seu próprio marido, Elcana (v. 8).

Ele era um maridão, mas dizia a ela: “Você é doente, você sabe! Nós temos ainda um diagnóstico dos médicos de Ramá. Você sabe que esterilidade não tem cura, então minha filha por que você fica triste? Para quê ficar chorando? Para que você fica deprimida? Pare de chorar Ana! Olha, você tem aqui um maridão do seu lado"...

Tem muita gente que poderá estar levando você ao conformismo!

Às vezes até seu amigo, gente que é solidária a você, conselheiro teu, mas são gente como Elcana, que não crêem que Deus faça milagres, gente que acha que os problemas não têm solução, são assassinos de sonhos, dentro de sua casa, muitas vezes por terem uma visão limitada do poder do Altíssimo, mas você não pode dar ouvidos a eles.

Lembre-se: Jesus não tem limites pra te ver!

Não tem nada que Jesus não possa ver na sua vida!

E Ana também teve que enfrentar o DESÂNIMO.

Dentro da sua casa tinha uma mulher que azucrinava a vida dela, ela foi à igreja tentar aliviar o coração e o pastor a chamou de bêbada, saiu da igreja, voltou para casa, encontrou o marido, que a chamou de doente, falou para ela se conformar, pois nunca iria ser curada. Aff......

Para todo lado que Ana fosse, tinha alguém para dar a ela uma palavra negativa, para dizer que não tem jeito, que não tem saída, que não tem remédio, que não tem solução, que não tem respostas, que não tem alternativa, que o melhor era se conformar com o problema, mas Ana em momento algum se dobrou ao desânimo.

Ana então buscou a Deus e creu que Deus podia fazer um milagre, pois sabia que a responsabilidade era dela de pedir e de insistir com Deus, ela cria num milagre, e sabia que Deus podia realizá-lo ou não, mas mesmo assim não desistiu.

Faça como Ana: acredite nos seus sonhos, e lute por eles!

Não desista do seu sonho!

Ana acreditou e tomou posse das bênçãos de Deus, de Suas promessas.

Pois quando Eli falou uma bobagem para ela, ela não levou a sério, mas de repente aquele homem que acabara de falar uma bobagem abre a boca e diz: “Vai em paz para a sua casa, e o Deus de Israel lhe conceda a petição que fizera.”(v. 17)

Esta palavra é boa, é de Deus e Ana a acolhe e esta palavra cura sua alma.

Então Ana: (v. 18)

1. Voltou a comer – acabou com a depressão.

2. O seu semblante mudou – foi curada emocionalmente.

3. Voltou para casa e se deitou com seu marido – foi curada conjugalmente.

O texto, diz: “Lembrando-se dela o Senhor, ela concebeu e deu a luz a um filho”.

Em Siló, aconteceu a cura emocional de Ana, aqui em Ramá, aconteceu a cura física de Ana.

Primeiro Ana tomou posse da vitória, pela fé, depois se concretizou historicamente o milagre na vida dela.

Primeiro ela foi curada existencialmente e emocionalmente, depois ela foi curada fisicamente. Primeiro Deus curou o seu coração, depois o seu ventre.

Primeiro ela crê, depois ela vê.

Jesus disse: “Se creres verás a glória de Deus”.

Você não pode ter seus sonhos realizados sem primeiro se alimentar das promessas de Deus.

O mundo ao seu redor tem sempre palavras de desânimo, mas a Palavra de Deus tem promessas de vida para você.

Você pode estar pensando: “Sim, Ines, mas o que fazer quando nossos sonhos são adiados?”

Ora, volte à trincheira da luta!

Ana então, a partir da palavra do profeta, deixou os quartos escuros, parou de chorar, parou de murmurar, parou de reclamar, parou de ficar deprimida e voltou à trincheira da luta.

Minha amiga, eu desafio você a lutar de cabeça erguida, a vencer, a não entregar os pontos, a não jogar a toalha, a não desanimar, a não aceitar passivamente a derrota.

Alguém disse: “Viver é como andar de bicicleta, só cai, quem para de pedalar!”

Se você deixar de sonhar, você começará a morrer!

Você tem que ter expectativas de vida, ideais de vida, sonhos de vida, projetos do seu coração e você tem que continuar pedalando, para você ir rompendo as dificuldades.

A viúva de Sarepta (I Reis 17:8 a 16), tinha mil razões para ficar deprimida, chorando, pois não tinha comida, havia fome em Israel, mas mesmo assim esta mulher saiu e foi buscar gravetos para esquentar o fogo para fazer o último bolo, por que ainda acreditava que Deus podia fazer um milagre na sua vida e fez.

Se você tem um pouquinho de azeite, um pouquinho de farinha, passe a acreditar num milagre. Há potencial para um milagre e se você não tiver nada, Deus pode fazer jorrar azeite aonde não tem nada.

Nunca deixe de sonhar!

Se você está vivo, um milagre pode estar a caminho!

Não desista de seus sonhos!

Você é fruto do sonho de Deus!

Mas lembre-se: muito mais importante que realizar um sonho pessoal é realizar um sonho do coração de Deus!

Por isso não abra mão dos seus sonhos e que ele seja sonhos do coração de Deus!

Eu não abro mão de jeito nenhum! 

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VIOLÊNCIA CONTRA OS CRISTÃOS NA NIGÉRIA



CRISTÃOS ATACADOS PELO GRUPO TERRORISTA BOKO HARAM NA NIGÉRIA.





como orar

MULTIDÕES NAS RUAS. O MOVIMENTO ESTÁ SÓ COMEÇANDO.


As multidões nas ruas: como interpretar?


Por Leonardo Boff 
Teólogo e Escritor

Um espírito de insurreição de massas humanas está varrendo o mundo todo, ocupando o único espaço que lhes restou: as ruas e as praças. O movimento está apenas começando: primeiro no norte da África, depois na Espanha com os “indignados”, na Inglaterra e nos USA com os “occupies” e no Brasil com a juventude e outros movimentos sociais. Ninguém se reporta às clássicas bandeirtas do socialismo, das esquerdas, de algum partido libertador ou da revolução. Todas estas propostas ou se esgotaram ou não oferecem o fascínio suficiente para mover as massas. Agora são temas ligados à vida concreta do cidadão: democracia participativa, trabalho para todos, direitos humanos pessoais e sociais, presença ativa das mulheres, transparência na coisa pública, clara rejeição a todo tipo de corrupção, um novo mundo possível e necessário. Ninguém se sente representado pelos poderes instituídos que geraram um mundo politico palaciano, de costas para o povo ou manipulando diretamente os cidadãos.

Representa um desafio para qualquer analista interpretar tal fenômeno. Não basta a razão pura; tem que ser uma razão holística que incorpora outras formas de inteligência, dados aracionais, emocionais e arquetípicos e emergências, próprias do processo histórico e mesmo da cosmogênese. Só assim teremos um quadro mais ou menos abrangente que faça justiça à singularidade do fenômeno.

Antes de mais nada, importa reconhecer que é o primeiro grande evento, fruto de uma nova fase da comunicação humana, esta totalmente aberta, de uma democracia em grau zero que se expressa pelas redes sociais. Cada cidadão pode sair do anonimato, dizer sua palavra, encontrar seus interlocutores, organizar grupos e encontros, formular uma bandeira e sair à rua. De repende, formam-se redes de redes que movimentam milhares de pessoas para além dos limites do espaço e do tempo. Esse fenômeno precisa ser analisado de forma acurada porque pode representar um salto civilizatório que definirá um rumo novo à história, não só de um país mas de toda a humanidade. As manifestações do Brasil provocaram manifestações de solidariedade em dezenas e dezenas de outras cidades no mundo, especialmente na Europa. De repente o Brasil não é mais só dos brasileiros. É uma porção da humanidade que se indentifica como espécie, numa mesma Casa Comum, ao redor de causas coletivas e universais.

Por que tais movimentos massivos irromperam no Brasil agora? Muita são as razões. Atenho-me apenas a uma. E voltarei a outras em outra ocasião.

Meu sentimento do mundo me diz que, em primeiro lugar, se trata de um efeito de saturação: o povo se saturou com o tipo de política que está sendo praticada no Brasil, inclusive pelas cúpulas do PT (resguardo as políticas municipais do PT que ainda guardam o antigo fervor popular). O povo se beneficiou dos programas da bolsa família, da luz para todos, da minha casa minha vida, do crédito consignado; ingressou na sociedade de consumo. E agora o que? Bem dizia o poeta cubano Ricardo Retamar: “o ser humano possui duas fomes: uma de pão que é saciável; e outra de beleza que é insaciável”. Sob beleza se entende educação, cultura, reconhecimento da dignidade humana e dos direitos pessoais e sociais como saúde com qualidade minima e transporte menos desumano.

Essa segunda fome não foi atendida adequadamente pelo poder publico seja do PT ou de outros partidos. Os que mataram sua fome, querem ver atendidas outras fomes, não em ultimo lugar, a fome de cultura e de participação. Avulta a consciência das profundas desigualdades sociais que é o grande estigma da sociedade brasileira. Esse fenômeno se torna mais e mais intolerável na medida em que cresce a consciência de cidadania e de democracia real. Uma democracia em sociedades profundamente desiguais como a nossa, é meramente formal, praticada apenas no ato de votar (que no fundo é o poder escolher o seu “ditador” a cada quatro anos, porque o candidato uma vez eleito, dá as costas ao povo e pratica a política palaciana dos partidos). Ela se mostra como uma farsa coletiva. Essa farsa está sendo desmascarada. As massas querem estar presentes nas decisões dos grandes projetos que as afetam e que não são consultadas para nada. Nem falemos dos indígenas cujas terras são sequestradas para o agronegócio ou para a indústria das hidrelétricas.

Esse fato das multidões nas ruas me faz lembrar a peça teatral de Chico Buarque de Holanda e Paulo Pontes escrita em 1975:”A Gota d’água”. Atingiu-se agora a gota d’água que fez transbordar o copo. Os autores de alguma forma intuiram o atual fenômeno ao dizerem no prefácio da peça em forma de livro:“O fundamental é que a vida brasileira possa, novamente, ser devolvida, nos palcos, ao público brasileiro…Nossa tragédia é uma tragédia da vida brasileira”. Ora, esta tragédia é denunciada pelas massas que gritam nas ruas. Esse Brasil que temos não é para nós; ele não nos inclui no pacto social que sempre garante a parte de leão para as elites. Querem um Brasil brasileiro, onde o povo conta e quer contribuir para uma refundação do pais, sobre outras bases mais democrático-participativas, mais éticas e com formas menos malvadas de relação social.

Esse grito não pode deixar de ser escutado, interpretado e seguido. A política poderá ser outra daqui para frente.



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APÓSTOLOS, ACIMA DE FRONTEIRAS CONFESSIONAIS.




Por João Baptista Herkenhoff


Vamos começar esta página lembrando o Apóstolo Paulo que, a meu ver, sintetizou o Cristianismo na epístola que escreveu sobre o Amor. “Ainda que eu falasse todas as línguas dos homens, isso de nada valeria se eu não tivesse Amor. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos pobres, nenhum significado teria esse gesto se eu não tivesse Amor.”

Podemos colocar o Apóstolo Paulo no século XXI e, dentro de sua linha de ensinamento, desdobrar sua palavra: ainda que eu conheça e cumpra todos os artigos do Código de Direito Canônico, isso de nada valerá se eu não tiver Amor.

O Amor, na lição de Paulo Apóstolo, é a grande diretriz da vida, é a balança através da qual, com a medida do Absoluto, pesamos tudo que é relativo. A lei é relativa. O Amor é Absoluto.

Esta reflexão sobre Paulo Apóstolo me socorre quando penso nisto que se chama “segundo casamento”. Casais, cujo primeiro casamento naufragou, e que procuram uma nova morada para o Amor.

Sem dúvida, o ideal seria que todos os noivos realizassem a promessa depositada sobre as alianças: “prometo amar-te até o último dia de minha vida, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”. Entretanto, somos falíveis, somos mesmo de barro. E nem sempre os votos solenes têm a possibilidade de durar até a morte. E então?

Parece-me que à luz de Paulo Apóstolo, se o Amor é a medida de todas as coisas e a medida da própria lei, o segundo casamento, a segunda tentativa de ser feliz tem as bênçãos de Deus. O Código de Direito Canônico há se ser interpretado sob a chancela do preceito do Amor. Não cabem anátemas, não cabem exclusões, cabe o Amor que tudo compreende, tudo perdoa, tudo subverte, tudo endireita, tudo sintetiza, tudo explica, na dimensão cósmica de sua abrangência infinita.



Conheço tantos lindos casais em segundas núpcias. Casais que constróem cada dia, na partilha, na doação, na responsabilidade, na fidelidade, o Sacramento do Amor.

Depois de reverenciar o Apóstolo Paulo, vamos trazer à lembrança três Apóstolos contemporâneos, um deles já falecido (Reverendo Jaime Wright, evangélico) e dois deles entre nós porém com a saúde bastante precária: Dom Paulo Evaristo Arns (católico) e Rabino Henry Sobel (judeu).

Embora seguissem rotas religiosas diferentes, esses três Apóstolos encontraram sintonia na defesa desassombrada da dignidade da pessoa humana. Quando o Brasil estava sacudido pela ditadura, esses três Apóstolos denunciaram a tortura, sofreram toda sorte de ameaças, colocaram a própria vida em perigo, na defesa dos Direitos Humanos. O livro “Brasil Nunca Mais”, o mais monumental documentário sobre a tortura no Brasil, mostra como foram tristes e perigosos aqueles dias e como o templo católico, o templo evangélico e o templo judeu, sob a liderança desses três Apóstolos, foram o refúgio dos perseguidos, foram antena capaz de ouvir os gemidos e as dores dos que eram massacrados.

O Brasil é um país de jovens. E os jovens frequentemente não têm conhecimento desses fatos.

Os mais velhos têm o dever de testemunhar sobre o passado, a fim de que se construa o futuro com segurança.


João Baptista Herkenhoff, 76 anos, magistrado (aposentado), Livre-Docente da Universidade Federal do Espírito Santo, escritor. Autor de: Filosofia do Direito (Editora GZ, Rio, 2010), Curso de Direitos Humanos (Editora Santuário, Aparecida, 2011). Encontro do Direito com a Poesia (Editora GZ, Rio, 2012.



como orar




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Como citar este artigo:

HERKENHOFF, João Baptista. "APÓSTOLOS, ACIMA DE FRONTEIRAS CONFESSIONAIS." In Blog A voz profética. Disponível em: vozprofetica.net/2013/05/apostolos-acima-de-fronteiras.html. Acesso em:__/__/__.



POEMA

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