Consternados fomos surpreendidos pela notícia do acidente no qual perdeu a vida a cantora Marília Mendonça, de 26 anos, após a queda de uma aeronave de pequeno porte em que viajava na tarde de sexta-feira (5), em Caratinga, no interior de Minas Gerais, onde faria um show à noite. Os demais passageiros e tripulantes também morreram.
Não é o primeiro caso de morte brutal de artistas da música popular, inúmeros perderam a vida em trágicos acidentes. Lembro-me neste instante do acidente que vitimou os integrantes do grupo musical "Mamonas assassinas".
Alguns dirão que é pelo fato de viajarem muito a fim de cumprir seus contratos de shows em diferentes localidades do Brasil e até do exterior, por isso, em face às constantes viagens de avião, estão mais expostos a riscos de acidentes.
Pode ser que sim, até faz algum sentido essa afirmação, embora estatisticamente o avião é um meio de transporte mais seguro que existe.
Será que tem algo mais?
Sinceramente não sei a resposta, todavia, após muito pensar a respeito, identifiquei um elo comum entre essas pessoas que faleceram de forma trágica.
Primeiramente, grande e estrondoso sucesso com as massas, via de regra, os com mais incultos.
Segundo, apesar do incontestável talento natural dessas pessoas, voz bonita, ótima presença em cena, grande capacidade de comunicação com o público, carismáticos, simpáticos, envolventes, a obra delas em si é de sofrível qualidade artística, para dizer o mínimo.
Os temas são sempre apelativos, uns, exacerbando a sexualidade infantil e juvenil, outros, como no caso de muitos artistas ditos sertanejos universitários, seguem o estilo adjetivado popularmente de "sofrência", um neologismo do vernáculo que aglutina sofrimento e carência.
Geralmente as melodias são bonitas, com arranjos musicais bem feitos, contudo, as letras de grande parte dessas canções não passam de inaproveitável lixo. Falam de traição, adultério, sexo casual, alcoolismo e outros flagelos.
E o pior de tudo, é que em muitas dessas canções se faz escancarada apologia ao pecado.
Lendo as Sagradas Escrituras em 2a Pedro, capítulo 2, vemos que Deus não negocia com as trevas.
Ele não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos.
Ele não poupou o mundo antigo quando trouxe o dilúvio sobre aquele povo ímpio, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas.
Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, tornando-as exemplo para a posteridade.
Vemos, portanto, que o Senhor livra os piedosos da provação e castiga os ímpios.
Foram punidos "especialmente os que seguem os desejos impuros da carne e desprezam a autoridade. Insolentes e arrogantes, tais homens não têm medo de difamar os seres celestiais."
Não me compete julgar a vida de ninguém, suas escolhas e decisões, e muito menos fazer ilações sobre uma pessoa jovem e talentosa que acaba de perder a vida, deixando um filho pequeno, e uma e uma família enlutada.
Profundamente pesaroso por essa perda irreparável, e impelido por minha consciência, trouxe essa reflexão no sentido que que talvez possa existir um padrão nesses acontecimentos fatídicos, e uma mensagem para todos nós, no sentido de que nossos dons e talentos dados por Deus devam estar a Seu serviço para a edificação do Reino aqui na terra, porquanto o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. (Romanos 14:17).
